quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Barata + Palavrão + Cabelo!


Passamos o Ano Novo na casa do meu bisavô, na praia. Casa na praia + calor +terreno baldio ao lado= BARATAS.

Toda vez que via uma, dava aquele grito histérico de mulherzinha e saia correndo (e pulando!). Ai vinha alguém com um SUPER chinelo 42, ou um inseticida , para me salvar. Na maioria das vezes, as pequenas estavam comigo. Elas literalmente , CAGAVAM pra barata. Não corriam, não gritavam...nda! Se bobiar , fariam carinho na bichinha se eu não tivesse por perto.

Eu e a Lelê estávamos no banheiro. Minha gatinha estava fazendo xixi e viu uma barata de barriga pra cima. A bichinha tava morta, esturricada. Minha pequena ficou olhando, olhando...

-Mãe, a barata tá morrida?
-Morta. Sim, ela tá morta, Lê. Não vai vim atrás da gente, não. Fica tranqüila.
-Mãe, não pode matar a barata.
- Por que não, Lê?
-Mãe, não pode matar a barata por que ela tem mamãe e papai!

Posso com uma coisa fofa dessa? Minha pequena preocupada com os pais da Dona baratinha !!

Percebi o quanto as crianças são cruas, sem medos, sem vícios... São como argila. Cabe a nós, pais, moldá-las do melhor jeito. É nossa responsabilidade não passar nossos medos para nossos filhos. É difícil, pois muitas vezes agimos por instinto. Sempre foi tão normal pra mim gritar e sair correndo ao ver uma barata, que é complicado disfarçar meu pavor ao ver aquele serzinho nojento correndo (por que convenhamos, barata não anda, ela corre.Seja pra se esconder, seja pra vim em sua direção...nunca vi uma andando de boas).Temos que nos policiar sempre.

Claro, às vezes escapa um palavrão aqui, outro ali. E quando elas ouvem, sempre me corrigem.

-Mãe, não pode falar palavras feias! (Sim, no plural ;D).
-Desculpa, filha.

No começo, eu não me preocupava com o que eu falava. Achava que elas eram muito novinhas para entender alguma coisa.

Até que um dia, ao derrubar uma boneca, Isabela soltou um:

-Calálio, mêu!

Eu PIREI! "COMO assim ? Ela usou a mesma entonação que eu! E o “meu” no final, igual eu falo. Imagina se alguém ouvir. Ela não tem nem 2 anos! "


-Filha, não é “caralho, meu”. É “cabelo, meu”.
-Cabelo, mêu!

E por muito tempo, ficou esse “cabelo, meu”.
As vezes eu deixava escapar um:

-Caralho, meu!
-Não mamãe. É CABELO, MÊU!



Foto das princesas no primeiro dia de praia! Só alegria !





Isabela desconfiada...





E Helena literalmente se jogando...



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